sábado

O dia em que o governo sumiu

Enquanto o titular viajava pelo norte da África, o sub do Ministério do Desenvolvimento achou que era hora de dar uma guinada de 180 graus na orientação oficial brasileira de comércio exterior e decidiu tomar uma medida protecionista radical. O funcionário resolveu exigir licença prévia para importação de 60% dos itens da pauta brasileira de compras externas, algo como 3 000 produtos. O ministro viajante não foi informado, o da Fazenda tomou conhecimento pelos jornais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só soube o que estava em curso quando chegaram a seus ouvidos avaliações dos efeitos desastrosos sobre o coração da atividade produtiva do país. A loucura durou 48 horas. Ela foi suspensa por ordem do presidente Lula, que a classificou de "um erro fenomenal". Resolvido? Longe disso.

É muito bom que o presidente tenha agido rapidamente, mas a situação toda é um péssimo sinal de falta de diretrizes, coordenação, clareza e linha de comando na Esplanada dos Ministérios. Absorvido pela missão que se colocou de viabilizar a candidatura de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, o presidente Lula a inclui em quase todas as suas viagens, que, como se sabe, são de duração e frequência incomparáveis na história republicana brasileira. Se o governo fica à deriva sem Lula e Dilma por perto, o país tem um problema sério. O quadro é alarmante se tomado como um teste da prontidão do governo brasileiro para enfrentar com rapidez e acerto os desafios propostos pela atual crise financeira mundial. Está-se diante de um sorvedouro de riqueza de causas complexas, abrangência profunda, diagnóstico confuso e tratamento desconhecido. É uma falha sistêmica cuja virulência se avoluma a cada dia. Esse fenômeno tem potencial para desestabilizar até mesmo as economias mais sadias, como, sem dúvida, é o caso da brasileira. Toda a atenção é pouca. Não é aceitável agora baixar a guarda, seja qual for a razão alegada para isso. Um momento de desgoverno nesta hora grave pode ser fatal.

(VEJA 1 - Carta ao leitor: O dia em que o governo sumiu, por Reinaldo Azevedo)


quarta-feira

In Brasile i terroristi li chiamano rifugiati politici


Cesare Battisti non è un rifugiato politico, come vorrebbe farci credere il governo brasiliano del presidente Lula. Cesare Battisti è un terrorista condannato in contumacia all’ergastolo, con sentenze passate in giudicato, per aver commesso quattro omicidi durante gli anni di piombo (tre come concorrente nell’esecuzione, uno pianificato da lui ed eseguito da altri).

Per capire perché il terrorista Battisti non può essere considerato un rifugiato politico, basta rileggere la Convenzione di Ginevra del 1951, che definisce rifugiato

«colui che, temendo a ragione di essere perseguitato per motivi di razza, religione, nazionalità, appartenenza ad un determinato gruppo sociale o per le sue opinioni politiche, si trova fuori del Paese, di cui è cittadino e non può o non vuole, a causa di questo timore, avvalersi della protezione di questo Paese: oppure che, non avendo la cittadinanza e trovandosi fuori del Paese in cui aveva residenza abituale a seguito di tali avvenimenti, non può o non vuole tornarvi per il timore di cui sopra».

La decisione, spiega il ministro brasiliano della Giustizia Tarso Genro, si basa «sul fondato timore di persecuzione per opinioni politiche». Probabilmente il governo brasiliano considera l’Italia alla stregua della Cuba di Fidel Castro o dell’Afganistan dei Talebani. E già solo per questo il governo italiano si dovrebbe incazzare e anche di brutto.

Ancora prima del Brasile, è stata la Francia (da sempre ricettacolo di terroristi) ad ospitare la latitanza di Battisti grazie alla cosidetta “dottrina Mitterand“, che concede asilo ai terroristi, ancora meglio se sono italiani, a patto che questi non compiano reati sul suolo francese. Ma perché Battisti si è sempre rifiutato di rientrare in Italia per espiare la sua pena? «Sono sicuro - dice il terrorista - che se vado nel mio Paese, sarei assassinato».

Per rendersi conto che anche questa, come quella del rifugiato politico è una stronzata, basta capire chi sono le persone uccise dall’ex componente dei Proletari armati per il comunismo (Pac) tra il 1978 e il 1979. Si tratta di:

Antonio Santoro, maresciallo della Polizia penitenziaria (omicidio di cui fu l’esecutore materiale);
Lino Sabbadin, macellaio di Mestre (Battisti fece da copertura armata all’esecutore materiale Diego Giacomini);
Pierluigi Torregian, gioielliere (omicidio per cui Battisti fu condannato come co-ideatore e co-organizzatore);
Andrea Campagna, agente della Digos (omicidio di cui fu l’esecutore materiale).

Povera gente, non mafiosi sanguinari. La domanda quindi è: dopo tutto questo tempo, chi ha interesse ad uccidere uno come Battisti? Un miserabile terrorista che pensa che ammazzare un macellaio e un gioielliere sia lottare per il proletariato unito. Uno con il cervello talmente piccolo da partecipare all’omicidio di un autista della Digos (si badi bene: non del capo della Digos, ma dell’autista). Un fanatico che fa fuori un agente della polizia penitenziaria, non uno di quelli che i criminali in galera ce li sbattono, ma uno di quelli che al massimo ce li tengono.

La verità è che ostriche, caviale e champagne francese piacciono anche al comunista proletario armato, più o meno come la samba, il sole e il carnevale brasiliano. Atmosfere ideali per scrivere i suoi romanzi noir.

Se il vero timore di Battisti, tornando in Italia, è quello di non poter più godere della bella vita, qualcuno gli comunichi che i delinquenti nel Belpaese sono trattati da veri signori. Ancora di più i terroristi come lui che sono tra i più coccolati nei salotti radical-chic, si arricchiscono scrivendo libri, vengono riabilitati e diventano icone di sapere e saggezza, girovagando tra le televisioni e le Università a divulgare il loro Verbo.

Quindi, per cortesia, il terrorista Battisti e il governo brasiliano che favorisce la sua latitanza, ce ne ne raccontino un’altra, magari più credibile che cà nisciuno è fesso! (do.mal.)

Leggi anche i precedenti post su Francesca Mambro e Marina Petrella.

Fonte: Wikipedia

sexta-feira

Lambança na Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, conversa em plenário com deputados da base governista, durante sessão Foto: Ailton de Freitas

Chinaglia foi o grande derrotado

O deputado Arlindo Chinaglia assumiu a presidência da Câmara depois de dois traumas: as presidências de João Paulo Cunha (PT-SP), um dos 39 réus no escândalo do mensalão, e de Severino Cavalcanti, obrigado a renunciar por receber “mensalinho” de um concessionário da Câmara.

Depois disso, o mandato-tampão de Aldo Rebelo não foi suficiente para restaurar a dignidade da Câmara dos Deputados.

Com Arlindo Chinaglia, parecia que as coisas iam entrar nos eixos. E o deputado chegou cheio de energia – como chegam quase todos os presidentes. Ameaçou cortar o ponto de deputados faltosos, fez esforços para limpar a pauta da Câmara, reclamou do excesso de medidas provisórias – mesmo pertencendo ao partido do presidente da República.

Mas aí... Chinaglia se deixou capturar por demandas sindicais de funcionários, relutou em obedecer à determinação do Supremo Tribunal Federal para substituir um deputado que perdera o mandato por trocar de partido, foi leniente com propostas de aumento de salário para deputados – e voltou atrás, depois de violenta reação da opinião pública, deixou correr a escandalosa aprovação de mais de oito mil novas vagas de vereador.

E agora, no apagar das luzes de seu mandato, vem esta história estranhíssima, de um novo plano de saúde para os 3.500 servidores concursados – e 12 mil funcionários comissionados.

Sem licitação, sem discussão, sem a aprovação dos concursados. Tudo resolvido às pressas, com o presidente do Sindilegis, Magno Mello, e um lobista de empresas de planos de saúde. Beleza!

Ninguém discutiu a excelência do novo plano de saúde nem o fato que, talvez, fosse melhor que o anterior. O que se discutiu foi a forma como foi feita a troca, coisa que levantou sérias suspeitas.

Depois de fortíssima reação externa (opinião pública, ouvintes, eleitores, contribuições, leitores) e interna (membros da Mesa da Câmara, deputados e servidores concursados), finalmente hoje a Mesa da Câmara voltou atrás em relação à extensão do plano de saúde aos funcionários comissionados. Foi tudo cancelado.

Antes assim.

Mas para a biografia do deputado Arlindo Chinaglia, o estrago está feito. Teve seu mandato, justo no final, manchado por um episódio eivado de irregularidades.

Lúcia Hippolito

quarta-feira

Serra triplica investimento em recuperação de estradas



Projeto de R$ 3 bi do tucano é contraponto à operação tapa-buraco, de Lula

Silvia Amorim


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai intensificar nos próximos dois anos o programa de recuperação das estradas no Estado. Até 2010, estão previstos cerca de R$ 3 bilhões em obras, o triplo do aplicado desde o início da gestão. O Pró-Vicinais é uma das vitrines da administração Serra e, do ponto de vista político, um contraponto à operação tapa-buraco feita pelo governo Lula nas rodovias federais.
O anúncio dos novos investimentos está marcado para amanhã em um evento no Palácio dos Bandeirantes. Como ocorreu nas duas primeiras fases do programa, a cerimônia, comanda pelo governador, deverá ser prestigiada de perto por dezenas de prefeitos. A meta de Serra, um dos favoritos para a disputa presidencial em 2010, é recuperar os 12 mil km de rodovias estaduais. Ficam de fora as estradas que são operadas por concessionárias privadas. Para ter uma ideia da ampliação do programa nos próximos dois anos, basta comparar alguns números. As duas fases anteriores recuperaram, juntas, 4,6 mil km de vicinais. Agora, serão 7 mil km em 2009 e 2010. Serão aplicados R$ 3 bilhões, contra R$ 1,1 bilhão investido em 2007 e 2008. Os recursos para as obras virão de várias fontes: empréstimos internacionais, outorgas obtidas com concessões de rodovias, venda do banco Nossa Caixa e do próprio Tesouro do Estado. Além das cifras, a novidade desta terceira fase é a inclusão de um novo serviço: o de pavimentação de estradas de terra. Dos 10 mil km a serem recuperados até 2010, 3 mil km referem-se a esses casos. Até agora, o programa tinha como alvo apenas as estradas já asfaltadas.

PROMESSA DE CAMPANHA


O Pró-Vicinais, uma promessa de campanha de Serra, foi criado pela Secretaria Estadual dos Transportes logo nos primeiros meses de governo e prevê basicamente nova pavimentação e melhoria da sinalização. Em alguns casos são refeitos os acostamentos e a drenagem.
O objetivo é melhorar a infraestrutura rodoviária para otimizar o escoamento da produção das cidades paulistas. No lançamento do programa, em 2007, Serra fez questão de criticar a ação federal no setor e garantiu que a versão paulista seria bem mais eficiente. "Não se trata de um programa de tapar buraco, mas sim de refazer essas estradas e torná-las novas", disse Serra, à época. As obras da segunda fase ainda estão sendo entregues. Na semana passada, o governador em exercício, deputado Vaz de Lima (PSDB), fez inaugurações na região de Araçatuba. Mais de 300 estradas foram recuperadas até agora.

quinta-feira

Farsa Che




No Alerta Total:

Um leitor anônimo do Alerta Total recomenda que todos acessem o vídeo "Chique de Matar: Che Guevara e Hollywood", produzido pela reason.tv. O filme está devidamente legendado e é brilhante, demonstrando a hipocrisia hollywoodiana que idolatra esse assassino.O endereço é:

sábado

Fatos irrelevantes que marcaram o ano

por Tutty Vasques

A seguir, tudo que você não vai encontrar nas retrospectivas 2008, mas nem por isso deve esquecer. O ano nunca é só um rosário de lambanças, atos de heroísmo, catástrofes, micos e milagres cabíveis numa seleção tradicional de acontecimentos. Vai aqui nova tentativa de não deixar varrer pra baixo do noticiário o tanto de bobagens que a imprensa cria e, depois, finge ignorar em seus retrospectos. Sorria, nada disso teve – ou tem - a menor importância!


Logo na primeira reunião ministerial de 2008 Lula comparou o encontro à Santa Ceia.
Choveu água viva no litoral de São Paulo.
Entrou em vigor o rodízio de más notícias entre Britney Spears e Amy Winehouse.
José Dirceu implantou 6.710 fios de cabelo sobre a testa.
Houve casos de overdose com vacina contra febre amarela.
Não rolou nada entre Hugo Chávez e Naomi Campbell.
O Brasil foi apresentado a Edson Lobão Filho, o Edinho.
Ivete Sangalo acionou o ‘circuit breaker’ do namorado sérvio.
Nem o Bono Vox apareceu no Fórum Econômico de Davos, na Suíça.
Bateram a carteira de Eduardo Suplicy na missa de aniversário de São Paulo.
David Beckham se sentiu em casa no Rio Grande do Norte.
Caetano Veloso enfaixou o pé.
Lembra da ministra Matilde Ribeiro? Esquece!
Obama encostou em Hillary no caucus de Nebraska.
Galvão Bueno mudou-se para Mônaco.
O reitor Timothy Mulholland sifu.
Ultra-sonografia localizou ponto G.
Começou o recall de presidente em Cuba.
Clodovil andou sumido até da Clínica Santé.
Bob Dylan não cantou ‘Blowin’in the wind’ em SP.
FHC assinou o prefácio da autobiografia de Henry Sobel.
Nenhuma cidade brasileira conseguiu copiar Bogotá.
Condoleezza Rice foi à Bahia
O divórcio de Paul McCartney lhe custou 844 euros por hora de relacionamento.
Roberto Justus lançou um disco cantando em inglês.
Lembra de Andréia Schwartz, a cafetina capixaba que dedurou o governador de NY?
Hillary Clinton se comparou a Rocky Balboa.
Ziraldo foi anistiado.
Rod Stewart ficou a cara do Fábio Jr. após cirurgia plástica.
Faustão chamou a obra de Cazuza de “profícua”.
Ana Carolina ficou a fim de homem.
E o Roberto Cabrini, hein?!
Romário disse que já fez sexo no avião da Seleção.
Fernando Lugo pediu a Lula revanche da Guerra do Paraguai.
O governador Cid Gomes foi uma mãe pra sua sobra.
Agnaldo Silva e o MC Créu brigaram com a Mulher melancia.
José Serra inaugurou hospital no Piauí.
Paulo Coelho contou em sua biografia que fez sexo com uma namoradinha na frente de uma tia muda e paralítica da garota.
Lembra do dossiê FHC que vazou da Casa Civil?
Roubaram as jóias de Hebe Camargo.
Carlos Minc praticamente salvou o colete de extinção.
O MP denunciou o travesti Adréia Albertini por extorsão a Ronaldo Fenômeno.
Carla Bruni contou nos dedos de uma das mãos: “Nicolas Sarkozy tem cinco ou seis cérebros”.
Fidel Castro e Caetano Veloso brigaram por causa de Guantánamo.
Luiza Brunet voltou a bater um bolão.
A primeira-dama Marisa Letícia caiu da cama.
Bill Gates deu uma sapatada na Microsoft.
Adriane Galisteu tirou férias do ócio.
Celso Pitta de pijama ficou ainda mais parecido com Paulo Silvino.
A moqueca de pingüim foi um must em Salvador.
Os 90 anos de Nelson Mandela foram como os 50 da Bossa Nova e os 100 da imigração japonesa: uma festa atrás da outra.
O Zimbábue lançou a nota de 100 bilhões de dólares.
Xuxa e a Sasha assumiram a guarda compartilhada do Luciano Szafir.
A máquina de Big Bang enguiçou.
José Saramago abriu um blog.
O JP Morgan não mediu o risco EUA.
Sandy deixou para Daniele Hypólito o posto de virgem do Brasil.
Adriana Calcanhoto lançou livro que escreveu durante surto psicótico.
Zeca Pagodinho viu um disco voador na varanda de sua casa.
Poupança de Cássia Kiss virou gergelim na Bovespa.
Ingrid Betancourt perdeu o Prêmio Nobel da Paz na disputa de pênaltis.
Gordon Brown foi comparado a Flash Gordon.
Ringo Starr mandou fechar seu fã clube.
A Bienal do Vazio fez de uma pichadora mártir do nada.
Luana Piovani e Dado Dolabella foram indicados para o Oscar de Evasão de Privacidade.
Batman fugiu de Bangu 8.
Saiu o passaporte italiano de Gilberto Gil.
Gilberto Kassab voltou a falar em demolir o Minhocão.
Ninguém entendeu nada do último filme do 007.
A barrinha de cereal sumiu do cardápio de bordo da Gol.
Patrícia Pillar reinventou a maldade.
A Bahia ganhou TV digital de alta definição.
A mudança, enfim, chegou.



Texto publicado na coluna Ambulatório da Notícia do caderno Aliás deste domingo no 'Estadão'.