O DOSSIÊ E A ABERTURA DAS CONTAS
Em discurso pronunciado, no Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), deixou claro haver duas questões essenciais em torno dos gastos com cartães corporativos:
1) confecção do dossiê para tentar intimidar a Oposição
2) recusa em abrir as contas do Gabinete Pessoal do Presidente da República
O senador começou citando nota do Blog do Noblat, segundo a qual o governo foi obrigado a reconhecer que os dados do dossiê fazem parte, sim, de um banco de dados da Casa Civil, e também matária do jornal O Estado de S.Paulo, revelando que “o dossiê da Casa Civil contra FHC foi decisão de governo” e que a operação se iniciou em fevereiro, muito antes da criação da CPMI.
“Será – disse o senador – mais um episódio nebuloso do governo Lula. Ao governo, não interessa apurá-lo. Sabe quem mandou montar o dossiê e quem o montou. Funcionário algum da Casa Civil ousa dar qualquer passo sem consultar a ministra Dilma Rousseff. Ela é a ministra mais centralizadora do governo.”
O fato essencial, insistiu o líder, é que montaram um dossiê. Não há como confundir banco de dados – que ministra Dilma informou que mandara providenciar – e dossiê. O primeiro reúne informações de caráter geral, o segundo apenas peças isoladas, pinçadas, para fim em geral escuso. É ato criminoso. Então, têm-se duas atividades criminosas: a confecção do dossiê e o vazamento de dados nele contidos.
“O ministro José Múcio – disse o senador – confirmou a existência do dossiê. E curiosamente sabe que não foi feito pelo governo. O ministro Paulo Bernardo também sabia da sua existência, quando disse que irregularidades iriam aparecer apenas em contas do tipo B. E na CPI, o ministro Hage adiantou que viriam ‘coisas piores’, insinuando que se referiam ao governo passado. Era, visivelmente, um quadro de coação.”
Continuando, Arthur Virgílio lembrou ter apresentado requerimentos de convocação da ministra Dilma, para prestar esclarecimentos ao plenário do Senado e a duas Comissões da Casa. “Ela não deve escafeder-se da sua responsabilidade”, assinalou, admitindo, contudo, que a maioria governista poderá não aprovar os requerimentos. “Mas terá de fazê-lo abertamente, porque exigirei votação nominal”, frisou.
O líder tucano deixou em segundo plano a informação do Blog do Noblat de que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) teria tido acesso ao dossiê e dado conhecimento de parte dele à imprensa. E censurou a líder petista Ideli Salvatti (SC) por estar acusando Álvaro de vazamento das informações e cobrando dele a revelação de quem lhe teria passado os dados. Arthur Virgílio disse-lhe que não podia estar fazendo acusações sem provas. Lembrou que, há algum tempo, se recusou a endossar denúncias contra ela própria justamente por achar que não ficaram provadas.
“Gostaria – acrescentou, dirigindo-se à senadora – de menos certezas. O senador Dias disse que não vazou e não sabe quem o fez. O que sabemos é que está em curso uma manobra para se dar a impressão de que não se teve dossiê. Dossiê como meio de intimidação é tática que está ficando recorrente. Há pouco disse ao senador Tião Viana (PT-AC) estar havendo certo vezo autoritório no seu partido.”
Toda essa questão, porém, segundo o líder tucano, pode ser resolvida facilmente. Basta o governo punir quem elaborou o dossiê e abrir todas as contas do Gabinete Pessoal do Presidente da República, desde 1998, como foi requerido por ele próprio ao presidente Lula.
Fonte: Gabinete
1) confecção do dossiê para tentar intimidar a Oposição
2) recusa em abrir as contas do Gabinete Pessoal do Presidente da República
O senador começou citando nota do Blog do Noblat, segundo a qual o governo foi obrigado a reconhecer que os dados do dossiê fazem parte, sim, de um banco de dados da Casa Civil, e também matária do jornal O Estado de S.Paulo, revelando que “o dossiê da Casa Civil contra FHC foi decisão de governo” e que a operação se iniciou em fevereiro, muito antes da criação da CPMI.
“Será – disse o senador – mais um episódio nebuloso do governo Lula. Ao governo, não interessa apurá-lo. Sabe quem mandou montar o dossiê e quem o montou. Funcionário algum da Casa Civil ousa dar qualquer passo sem consultar a ministra Dilma Rousseff. Ela é a ministra mais centralizadora do governo.”
O fato essencial, insistiu o líder, é que montaram um dossiê. Não há como confundir banco de dados – que ministra Dilma informou que mandara providenciar – e dossiê. O primeiro reúne informações de caráter geral, o segundo apenas peças isoladas, pinçadas, para fim em geral escuso. É ato criminoso. Então, têm-se duas atividades criminosas: a confecção do dossiê e o vazamento de dados nele contidos.
“O ministro José Múcio – disse o senador – confirmou a existência do dossiê. E curiosamente sabe que não foi feito pelo governo. O ministro Paulo Bernardo também sabia da sua existência, quando disse que irregularidades iriam aparecer apenas em contas do tipo B. E na CPI, o ministro Hage adiantou que viriam ‘coisas piores’, insinuando que se referiam ao governo passado. Era, visivelmente, um quadro de coação.”
Continuando, Arthur Virgílio lembrou ter apresentado requerimentos de convocação da ministra Dilma, para prestar esclarecimentos ao plenário do Senado e a duas Comissões da Casa. “Ela não deve escafeder-se da sua responsabilidade”, assinalou, admitindo, contudo, que a maioria governista poderá não aprovar os requerimentos. “Mas terá de fazê-lo abertamente, porque exigirei votação nominal”, frisou.
O líder tucano deixou em segundo plano a informação do Blog do Noblat de que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) teria tido acesso ao dossiê e dado conhecimento de parte dele à imprensa. E censurou a líder petista Ideli Salvatti (SC) por estar acusando Álvaro de vazamento das informações e cobrando dele a revelação de quem lhe teria passado os dados. Arthur Virgílio disse-lhe que não podia estar fazendo acusações sem provas. Lembrou que, há algum tempo, se recusou a endossar denúncias contra ela própria justamente por achar que não ficaram provadas.
“Gostaria – acrescentou, dirigindo-se à senadora – de menos certezas. O senador Dias disse que não vazou e não sabe quem o fez. O que sabemos é que está em curso uma manobra para se dar a impressão de que não se teve dossiê. Dossiê como meio de intimidação é tática que está ficando recorrente. Há pouco disse ao senador Tião Viana (PT-AC) estar havendo certo vezo autoritório no seu partido.”
Toda essa questão, porém, segundo o líder tucano, pode ser resolvida facilmente. Basta o governo punir quem elaborou o dossiê e abrir todas as contas do Gabinete Pessoal do Presidente da República, desde 1998, como foi requerido por ele próprio ao presidente Lula.
Fonte: Gabinete
1 Comments:
solução smples e direta, só que não querem fazer.
abrir as contas ( mostraria que o atual governo gastou o que não devia) e punir os responsáveis pelo dossiê ( bateria na porta de dona Dilma )
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