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O próprio governo não tem, no sexto ano de mandato, a mais remota noção de como funciona a estrovenga. Pra quê? Bastava gastar...(Reinaldo Azevedo)

Na cabeça do ministro Franklin, a verdade é uma questão de propaganda. O valente decidiu, conforme noticiou o jornal O Globo, enviar um e-mail a todos os ministérios com questões sobre os cartões corporativos. São 13 (!!!) perguntas: Leiam:
1 - Como é definido o montante de suprimento de fundos de cada órgão?

2 - Quem é o responsável pela gestão dos recursos destinados a pequenas despesas e gastos emergenciais?

3 - Como é feita a distribuição de recursos aos servidores responsáveis pelas compras e contratações?

4 - Quais os tipos de despesas permitidas por cada órgão?

5 - Por que são feitas retiradas em dinheiro?

6 - Como é feita a prestação de contas?
7 - Quem confere? Quem fiscaliza?

8 - Como é possível saber se a despesa realizada não foi de caráter pessoal?

9 - Como saber se o gasto foi efetivamente realizado para a finalidade alegada?
10 - Onde ficam guardados os comprovantes e notas fiscais?
11 - Por que certos gastos da Presidência da República são sigilosos?

12 - Qual o perfil dos funcionários responsáveis pelo pagamento e fiscalização dessas despesas?

13 - Por que os cartões foram distribuídos a tantos funcionários espalhados por todo o país?


Agora pergunto eu: o que dizer? Ele quer informações para elaborar uma peça publicitária, é claro. Mas como deixar de considerar o óbvio? O próprio governo não tem, no sexto ano de mandato, a mais remota noção de como funciona a estrovenga. Pra quê? Bastava gastar...


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