sábado

Fábio: o filho do homem

Do Estado de S. Paulo

A prevalecer a determinação do procurador da República Rodrigo Ramos Poerson, a Delegacia Fazendária da Polícia Federal do Rio deverá intimar para prestar depoimento Fábio Luiz da Silva, filho do presidente Lula, e o auditor e consultor de empresas Antônio Marmo Trevisan para explicarem o contrato firmado entre a Gamecorp e a Telemar.

Foi Poerson quem, a partir de um requerimento aprovado pela Câmara Municipal de Belém (PA), por iniciativa do vereador Iran Moraes (PSB), determinou a investigação do contrato firmado entre as duas empresas. O político paraense, com base em noticiário de jornal, apresentou aos demais colegas a proposta de requerimento à Procuradoria da República solicitando investigação, que foi aprovada em plenário.


“Eu juntei documentação que consegui no noticiário da internet sobre o contrato das duas empresas. Achei estranho que uma empresa com capital de menos de R$ 500 mil firmasse um contrato de R$ 4,9 milhões com a Telemar. Certamente a Telemar está buscando algum favor no governo do presidente Lula”, explicou o vereador.


No seu pedido (ofício 246/2006), o procurador justifica a investigação dizendo que “desproporcional aporte de recursos financeiros estaria sendo direcionado à empresa Gamecorp, única e exclusivamente em razão de contar com a participação acionária do filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz da Silva”.


Apesar de aprovado em fevereiro de 2006, o documento só foi encaminhado à Polícia Federal do Rio em 18 de outubro. No último dia 29 de julho é que o inquérito policial 1.267/2007 foi instaurado na Delegacia Fazendária. A demora na abertura da investigação foi decorrência do acúmulo de serviços que a delegacia tinha e da pequena equipe disponível, reforçada no final do ano.


O primeiro passo do delegado encarregado do inquérito, Júlio Cesar Rodrigues, foi requisitar à Gamecorp, à Telemar e à Junta Comercial documentos relacionados à empresa e ao contrato em si. Somente depois que estes documentos lhe forem entregues é que ele avaliará se cabe à Polícia Federal no Rio fazer a investigação.


O inquérito foi encaminhado esta semana à Justiça para ser distribuído a uma das oito Varas Criminais Federais do Rio. É com base no número do inquérito e na Vara em que ele for tramitar que será definido o procurador da República que irá acompanhar. O caso não necessariamente ficará a cargo do procurador Poerson.


GAMECORP

A Gamecorp nasceu com capital de R$ 10 mil, em 2004. No ano seguinte, mesmo com um prejuízo de R$ 3,4 milhões, houve a operação de compra de parte da empresa pela Telemar. Os sócios originais aumentaram o capital da companhia em mais R$ 2,7 milhões. A Telemar injetou outros R$ 2,5 milhões na empresa, para adquirir exclusividade sobre seus projetos e produtos. Em 2006, apesar do prejuízo do ano anterior, a Telemar destinou mais R$ 5 milhões à Gamecorp, dessa vez como verba publicitária. A Gamecorp faz programas para o público jovem e aluga espaço na grade da PlayTV, antiga Rede21, da TV Bandeirantes.

2 Comments:

At 8:23 PM, Blogger CAntonio said...

Existe assuntos e pessoas que absolutamente passam "batido" pela grande mídia.

O Lulinha é um desses personagens, mas o padrinho dêle, o Roberto Teixeira é alguém que se for investigado terá muuuuito a contar.


SDS

 
At 12:38 AM, Anonymous Anônimo said...

Olha eu já sabia desse caso. Se com as provas do Mensalão, as provas de que o Lula sabia, etc e tal, quem vai sangrar é povo brasileiro! O povão nem desconfia desse cara. Quem vive de Bolsa Família, não tem nem percepção de mundo. Vegeta. Infelizmente. Esse povo não tem lucidez!!!
Júnior.

 

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